Se tudo está submetido à natureza das coisas, à natureza está também o teorema primordial.
Não podendo decifra-lo, certo é que no corpo esteve sempre o verbo.
Sabemos do verbo existir, da existência, mas da mecânica do inicio primordial, (se é que mecânica faça algum sentido neste caso), de sua causa jamais alcançaremos.
Verbo aqui não é palavra,
mas um ensejo,
brotar de um desejo,
ou o próprio desejo, um ímpeto transformador.
Não palavra nem termo.
e ao caos é também no que quase tudo se transforma.
Depois do milho e do peixe, da serpente, das aves, dos mamíferos e onívoros,
pela natureza das coisas brotou o homo sapiens-sapiens.
Mas havia um resto de passado condenado na terra quando veio o hominídeo.
E herdamos dos mamíferos e carnívoros instintos sem nenhuma habilidade e sapiência.
Porque antes de tudo vinha criar corpos para reproduzir o corpo...
mas no hominídeo veio para criar sonhos que reproduzem sonhos.
E só conseguimos imaginar o teorema primordial
como a descrição de um sonho difuso.



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